Grigori Ex Machina
Foi tão... estranho.. bom... frio... mas funciona.
Depois de tantos anos, eu finalmente havia quebrado de verdade. Realmente meu coração foi quebrado... e minha cabeça seguiu o mesmo curso...
A dor, a mágoa, a agonia, a angústia... Senti como se tivesse sido a primeira vez que senti o gosto do meu próprio sangue na boca... Entupindo e escorrendo pelo meu nariz, e enquanto tentava respirar, sentir ele escorrendo quente e salgado para os meus pulmões.
Minha memória se estilhaçou, meu passado recente e o antigo viraram apenas cacos sem cor, definição e sentido após algum tempo e eu... vesti completamente a armadura e a máscara que foram feitos para mim.
Meu lado "humano", minha fé nas pessoas, na humanidade, sumiram como a fumaça de cada cigarro...
Até a música Paint It Black começou a ter outro sentido, o amor que tinha ido embora e nunca retornaria não era uma pessoa, mas sim o meu sentimento que eu mesmo apunhalei e vi se esvair, a cada respiro, cada suspiro, indo embora. Não por uma pessoa "externa". Mas eu mesmo fiz isso.
Cansei de esperar, de tentar, de sorrir mesmo sem ter vontade alguma. É chegado o momento de olhar para o mundo e bater mais forte do que ele me bateu por todo esse tempo...
Eu me sentia calmo, tranquilo, em paz, por ter destruído uma parte considerável minha. Finalmente me tornei mais máquina do que gente. E foi muito bom.
O que me machucaria nem consegue me arranhar. Meus medos passaram a ter medo de mim. Todas as engrenagens e bombas e o motor funcionando em perfeita harmonia, com o frio correndo em minhas veias, mantendo todo o sistema balanceado.
Sem mais dor. Sem sentimentos. Sem saudades. Sem memórias, sem dor.
Apenas eu. Sozinho, sem ninguém ao meu lado, sem ninguém para pensar, sem ninguém para me ferir, deixar com raiva...
A paz que tanto busquei em ter alguém ao meu lado, encontrei quando abracei o vazio que criei, e não o limitei, deixei se espalhar. Não existem mais cores, cheiros, sabores, sensações. E está ótimo.
Foi o que pensei.
As mangueiras e tubos se soltam, o motor quase explode e sinto o fluído vazar. Sinto algo que desconheço. Não. É a dor estourando novamente. Sinto o mesmo gosto de antes. Mas diferente.
O corpo oculta e entorpece a dor. Mas sei que não está tudo bem, que até o recurso de ter virado parte máquina não está conseguindo manter todos os pedaços funcionando ou sequer juntos. Com certa paz temo os próximos tempos. Quando nada mais importa.
Olho ao meu redor e penso... Realmente ainda existe algo, que valha a pena lutar por?
Depois de tantos anos, eu finalmente havia quebrado de verdade. Realmente meu coração foi quebrado... e minha cabeça seguiu o mesmo curso...
A dor, a mágoa, a agonia, a angústia... Senti como se tivesse sido a primeira vez que senti o gosto do meu próprio sangue na boca... Entupindo e escorrendo pelo meu nariz, e enquanto tentava respirar, sentir ele escorrendo quente e salgado para os meus pulmões.
Minha memória se estilhaçou, meu passado recente e o antigo viraram apenas cacos sem cor, definição e sentido após algum tempo e eu... vesti completamente a armadura e a máscara que foram feitos para mim.
Meu lado "humano", minha fé nas pessoas, na humanidade, sumiram como a fumaça de cada cigarro...
Até a música Paint It Black começou a ter outro sentido, o amor que tinha ido embora e nunca retornaria não era uma pessoa, mas sim o meu sentimento que eu mesmo apunhalei e vi se esvair, a cada respiro, cada suspiro, indo embora. Não por uma pessoa "externa". Mas eu mesmo fiz isso.
Cansei de esperar, de tentar, de sorrir mesmo sem ter vontade alguma. É chegado o momento de olhar para o mundo e bater mais forte do que ele me bateu por todo esse tempo...
Eu me sentia calmo, tranquilo, em paz, por ter destruído uma parte considerável minha. Finalmente me tornei mais máquina do que gente. E foi muito bom.
O que me machucaria nem consegue me arranhar. Meus medos passaram a ter medo de mim. Todas as engrenagens e bombas e o motor funcionando em perfeita harmonia, com o frio correndo em minhas veias, mantendo todo o sistema balanceado.
Sem mais dor. Sem sentimentos. Sem saudades. Sem memórias, sem dor.
Apenas eu. Sozinho, sem ninguém ao meu lado, sem ninguém para pensar, sem ninguém para me ferir, deixar com raiva...
A paz que tanto busquei em ter alguém ao meu lado, encontrei quando abracei o vazio que criei, e não o limitei, deixei se espalhar. Não existem mais cores, cheiros, sabores, sensações. E está ótimo.
Foi o que pensei.
As mangueiras e tubos se soltam, o motor quase explode e sinto o fluído vazar. Sinto algo que desconheço. Não. É a dor estourando novamente. Sinto o mesmo gosto de antes. Mas diferente.
O corpo oculta e entorpece a dor. Mas sei que não está tudo bem, que até o recurso de ter virado parte máquina não está conseguindo manter todos os pedaços funcionando ou sequer juntos. Com certa paz temo os próximos tempos. Quando nada mais importa.
Olho ao meu redor e penso... Realmente ainda existe algo, que valha a pena lutar por?
Shine On You Crazy Diamond
Pink Floyd
Pink Floyd
Remember when you were young?
You shone like the sun
Shine on, you crazy diamond
Now there's a look in your eyes
Like black holes in the sky
Shine on, you crazy diamond
You shone like the sun
Shine on, you crazy diamond
Now there's a look in your eyes
Like black holes in the sky
Shine on, you crazy diamond
You were caught in the crossfire
Of childhood and stardom
Blown on, the steel breeze
Come on, you target for faraway laughter
Come on, you stranger, you legend
You martyr, and shine!
Of childhood and stardom
Blown on, the steel breeze
Come on, you target for faraway laughter
Come on, you stranger, you legend
You martyr, and shine!
You reached for the secret too soon
You cried for the moon
Shine on you crazy diamond
Threatened by shadows at night
And exposed to the light
Shine on you crazy diamond
Well you wore out your welcome
You cried for the moon
Shine on you crazy diamond
Threatened by shadows at night
And exposed to the light
Shine on you crazy diamond
Well you wore out your welcome
With random precision
Rode on the steel breeze
Come on, you raver, you seer of visions
Come on, you painter, you piper
You prisoner, and shine!
Rode on the steel breeze
Come on, you raver, you seer of visions
Come on, you painter, you piper
You prisoner, and shine!
Nobody knows where you are
How near or how far
Shine on, you crazy diamond
Pile on many more layers
And I'll be joining you there
Shine on, you crazy diamond
How near or how far
Shine on, you crazy diamond
Pile on many more layers
And I'll be joining you there
Shine on, you crazy diamond
And we'll bask in the shadow
Of yesterday's triumph
And sail on the steel breeze
Come on, you boy child, you winner and loser
Come on, you miner for truth and delusion
And shine
Of yesterday's triumph
And sail on the steel breeze
Come on, you boy child, you winner and loser
Come on, you miner for truth and delusion
And shine
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