De cavaleiro a andarilho

Começo dizendo que não... as coisas não vão como eu queria... pelo jeito minhas trevas ainda tem um periodo grande de provação...

Que ainda caio, me machuco... e sangro...

Não sei como ainda me levanto, mas os homens mortos também caminham quando são chamados...
Quem me chama? o que me impede de descansar em paz no frio e no inerte... onde nada se move e não se sente nada...

Por quanto tempo ainda terei minhas entranhas devoradas por essa falta de sentimento que me causa dor tão intensa? Amor é fogo que arde sem se ver, bla bla bla... Más vos digo... quando ele não é correspondido também não se vê... mas se sente até os ossos... e não se extingue com nada... bebidas, anti-depressivos... ainda busco a minha cura... pois infelizmente, na minha casta amaldiçoada, com o passar do tempo não se torna mais ameno cada tombo que se leva... cada um se sente como se fosse o primeiro...
Dor... mágoa... frio... ausência... eu sabia o risco e o preço... e agora os pago... cada aposta é uma aposta nova... mas o preço e o pagamento são sempre... meu sangue, alma e parte do que me resta do que um dia foi um coração...

Os que me conhecem sabem que não gosto, não sou fã e acho pouca coisa de Legião Urbana bom...
Mas essa música diz muito sobre meus sentimentos...
O que acontece colocarei em vermelho, o que espero me negrito... em azul, o que não se parece comigo...

"Metal Contra as Nuvens

Legião Urbana

Composição: Dado Villa-Lobos/ Renato Russo/ Marcelo Bonfá

I

Não sou escravo de ninguém
Ninguém senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz.

Viajamos sete léguas
Por entre abismos e florestas
Por Deus nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói
Estes são dias desleais.

Sou metal, raio, relâmpago e trovão
Sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Sou metal, me sabe o sopro do dragão.

Reconheço meu pesar
Quando tudo é traição,
O que venho encontrar
É a virtude em outras mãos.

Minha terra é a terra que é minha
E sempre será minha terra
Tem a lua, tem estrelas e sempre terá.

II

Quase acreditei na sua promessa
E o que vejo é fome e destruição
Perdi a minha sela e a minha espada
Perdi o meu castelo e minha princesa.

Quase acreditei, quase acreditei

E, por honra, se existir verdade
Existem os tolos e existe o ladrão
E há quem se alimente do que é roubo
Mas vou guardar o meu tesouro
Caso você esteja mentindo.

Olha o sopro do dragão...

III

É a verdade o que assombra
O descaso que condena,
A estupidez o que destrói

Eu vejo tudo que se foi
E o que não existe mais
Tenho os sentidos já dormentes,
O corpo quer, a alma entende.

Esta é a terra-de-ninguém
Sei que devo resistir
Eu quero a espada em minhas mãos.

Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.

Não me entrego sem lutar
Tenho ainda coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então.

IV

- Tudo passa, tudo passará...

E nossa história não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz.
Teremos coisas bonitas pra contar.

E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe para trás
Apenas começamos.
O mundo começa agora
Apenas começamos."

Novamente estou só em minha trilha, meu caminho... voltei a ser um andarilho... um profeta escondido em um manto... minha espada escondida... buscando meu bastão... minhas energias enfraquecidas... meu corpo destroçado... veterano das guerras psíquicas... sempre leva o dano em dobro...

Que a noite esconda minhas cicatrizes... como são dentro do meu peito, é minha enterna escuridão interna...

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