Marchando...
Andando em frente as vezes deixo minha mente se soltar e penso no quanto já andei por esse mundo... 3 continentes, uma dúzia de países... conheci pessoas de todo o globo, cada uma única por si só... por alguns fiquei poucos instantes, com outras algum tempo... outras parecem que me seguem aonde vou, não importa o quanto eu tente sumir ou me esconder... e outras tantas se vão...
Caminhando no frio, agasalhado com minhas mãos nos bolsos e o vento gélido batendo no meu rosto penso nas marcas que todas elas deixaram por mínimas que foram, ou tão profundas que a Fossa das Marianas seria apenas um arranhão se comparada a tudo isso... sinto o vento cada vez mais frio como se fossem pequenas lâminas cortando meu rosto, mas não me importo... sei que o vento está lá para me proteger e me nutrir... e o frio para me lembrar o quanto não importa quão mínimo seja o calor, depois de sentir quase meus ossos congelarem, é algo que irá fazer eu me sentir aquecido novamente... não sinto a dor... sinto vazio... sinto frio... como sempre foi em alguma parte aqui dentro...
Pelas lentes do meu óculos de sol vejo mais pessoas passando... algumas sorriem, outras não olham, outras se aproximam por curiosidade. Imagino se seria assim se eu os tirasse e elas vissem meus olhos e o que eles guardam...
Começo a sentir o torpor me intoxicar... tudo que estava em minhas mãos parece tão distante... parece que nem sou o mesmo que caminha há tanto tempo... a cada esquina que viro devo estar me tornando um ser diferente... espero não estar andando em círculos... reconheço alguns buracos, ou podem ser parecidos... mas alguns parecem ainda ter sangue das minhas quedas...
Não é simples, nem fácil, nem rápido, muito menos indolor... mas algo acontece... espero que seja o suficiente para vencer as trevas... quando o pedido feito é o de socorro, não existem tempo a perder... ou tudo se perderá por todo o tempo...
Me vou por essa noite... espero amanhã ter forças para continuar caminhando...
Caminhando no frio, agasalhado com minhas mãos nos bolsos e o vento gélido batendo no meu rosto penso nas marcas que todas elas deixaram por mínimas que foram, ou tão profundas que a Fossa das Marianas seria apenas um arranhão se comparada a tudo isso... sinto o vento cada vez mais frio como se fossem pequenas lâminas cortando meu rosto, mas não me importo... sei que o vento está lá para me proteger e me nutrir... e o frio para me lembrar o quanto não importa quão mínimo seja o calor, depois de sentir quase meus ossos congelarem, é algo que irá fazer eu me sentir aquecido novamente... não sinto a dor... sinto vazio... sinto frio... como sempre foi em alguma parte aqui dentro...
Pelas lentes do meu óculos de sol vejo mais pessoas passando... algumas sorriem, outras não olham, outras se aproximam por curiosidade. Imagino se seria assim se eu os tirasse e elas vissem meus olhos e o que eles guardam...
Começo a sentir o torpor me intoxicar... tudo que estava em minhas mãos parece tão distante... parece que nem sou o mesmo que caminha há tanto tempo... a cada esquina que viro devo estar me tornando um ser diferente... espero não estar andando em círculos... reconheço alguns buracos, ou podem ser parecidos... mas alguns parecem ainda ter sangue das minhas quedas...
Não é simples, nem fácil, nem rápido, muito menos indolor... mas algo acontece... espero que seja o suficiente para vencer as trevas... quando o pedido feito é o de socorro, não existem tempo a perder... ou tudo se perderá por todo o tempo...
Me vou por essa noite... espero amanhã ter forças para continuar caminhando...
Who wants to live forever?
Who dares to love forever?
Who waits forever anyway?
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